quinta-feira, 21 de abril de 2011

3# - A Vinda do Superman



Introdução:

A pouco menos de um mês houve um terrivel desabamento em uma mina de carvão. A policia investigou, mas - de forma muito suspeita - o caso fora arquivado e considerado inconclusivo.

Disfarçado de mineiro, Clark Kent estava trabalhando numa das minas de propriedade de Thornton Blakely para descobrir se o acidente que aconteceu em seu empreendimento antigo fora criminoso, neglicência ou apenas uma fatalidade. Contudo, repentinamente essa mina também começa a desabar.

Às pressas, todo os funcionários correm para fora, mas um deles não tem tempo e acaba ficando preso por uma viga de aço. Thornton, mostrando sua verdadeira natureza mesquinha, ordena que os funcionários saiam logo e não tentem resgatar o amigo, dizendo que este já deve estar morto. No entanto o Homem de Aço age rápido atravessando toneladas de pedra com um soco e resgatando o mineiro ferido.

Ao voltar para superfície, Superman é avisado de que o dono das Minas Blakely estava fugindo, mas essa fuga não dura muito pois o herói detém o seu carro e entre o corrupto funcionário para as autoridades. Dessa vez ele não vai conseguir escapar... nem com suborno.


História principal:

Já de volta à Metrópoles, Clark entrega sua matéria para George Taylor e é parabenizado pessoalmente por Perry White. Sua carreira como jornalista estava começando de forma brilhante.

Lois, por sua vez, estava enciumada: primeiro é obrigada a trabalhar em parceiria com aquele reporter novato do Kansas, depois perdera a primeira matéria exclusiva com o maior herói do mundo, depois também ficara para trás na cobertura do desastroso pouso do ônibus espacial em San Monte e agora, mais uma vez, perdia uma boa pauta para um caipira de Smallville. Ela estava começando a ficar furiosa.

Como se não bastasse, ela ainda levou uma bronca de White por não ter escrito nada sobre a importância da interferência do Superman no final da guerra civil sanmontesa e no quanto sua atitude - tanto na prática como em símbolo - poderia representar uma nova esperança de paz mundial.

Impressionado com a eficiência de Kent e desdenhado a inveja de Lois, Gregory destaca ambos para fazer a cobertura de uma rebelião no maior presídio da cidade.

Se infiltrando nos becos mais perigosos, Lois não entende como um tapado que nem Clark consegue matérias tão exclusivas. Esperta, ela conseguiu para ambos as identidade de um casal de marginais chamado Eduardo e Mirian e com isso chegaram até um vigarista de rua chamado simplesmente de Ugly.

Aparentemente a rebelião foi iniciada por uma mulher misteriosa que invadiu o presídio e soltou, sem motivo algum, todos os detentos.

Após a revelação, eles decidem ir até o local da rebelião e conseguir uma matéria exclusiva. Mas Clark tem medo de que Lois se machuque e a desafia a chegar lá antes dela. Perspicaz, ela chama o primeiro taxi que encontra e se dispede dizendo: "Te vejo quando a diversão acabar, Smallville".

Mais rápido que uma bala, o tímido reporter veste as roupas de Superman e chega quase instantaneamente no presídio, antes que o taxi de Lois sequer tenha conseguido dobrar a primeira esquina.

A situação era tensa e, de acordo com o que sua superaudição captara, alguns daqueles homens estavam com medo de que a libertação que culminou na rebelião fosse apenas um chamariz para desviar a atenção dos guardas enquanto um assassino a mando de alguém muito poderoso faria uma queima de arquivos.

Em meio ao tumulto, o Homem de Aço viu Bea Carroll - a criminosa que tentara se safar culpando Evelyn Curry por seus delitos e fora a primeira pessoa que o herói prendeu quando chegou em Metrópoles.

Apesar de armados, os policiais estavam em menor número e não demoraria muito a serem massacrados por mais de mil detentos furiosos e sedentos pela liberdade, que avançavam com brutalidade brandindo pedaços de ferro e facões, bem como incendiando diversas coisas pelo caminho.

Tão rápido que os olhos humanos sequer conseguiriam notar o rastro, Superman desarmou cada um dos criminosos os jogando de volta em suas celas e emperrando as portas com sua visão de calor.

Ele levou menos de três minutos para fazer isso, mas foi tempo suficiente para que a perigosa Lola Cortez conseguisse capturar o notório Butch Matson dizendo: "Você falhou em apagar a repórter e o chefe mandou entregar sua demissão". Um tiro foi o bastante para que o detento tombasse morto.

Ao voltar para a redação do Estrela Diária, Clark se orgulha por ver a manchete da primeira página, que diz: 'Superman - O Heróis dos Oprimidos'. No entanto sua alegria dura pouco, porque uma Lois Lane furiosa chega, dizendo aos berros: "Não sei como você conseguiu chegar tão rápido, seu caipira imbecil... mas não fez o seu trabalho direito... durante a rebelião houve uma morte que você sequer mencionou, a de Butch Matson - aquele gangsterzinho nojento que tentou me agarrar na lanchonete a dois meses atrás".

A jovem jornalista não sabia, mas ao dizer que Clark não fez seu trabalho direito, ela o fez sentir-se péssimo, pois ele achava que se o Superman tivesse feito bem seu trabalho, Matson ainda estaria vivo.

Os pensamentos dele foram interrompidos pelo grito de Taylor, que queria parabenizar mais uma vez Kent pelo bom trabalho - recompensando-o com o dia de folga - e destacar Lois para uma missão menor: uma matéria sobre o primeiro fã-clube do herói, chamado Supermen of America.

Ao sair da redação, a moça espumava de raiva e Clark achou que ela merecia um prêmio de consolação.




Encerramento:

Ao anoitecer, Lois estava bastante aborrecida: em parte por sentir seu trabalho sendo superado por um rival inesperiente que veio de interior... em parte por odiar crianças e ter sido obrigada a passar a tarde toda com elas, que compõem a maioria dos membros do clube Supermen of America.

Sentada numa espreguiçadeira na sacada de seu apartamento, ela tomou um susto enorme ao ver o Homem de Aço flutuando parado no ar a admirá-la.

Ao ser indagado sobre o motivo de sua visita, ele disse que queria dar uma entrevista para ela. Não com a que deu para Kent, mas uma na qual contasse seus reais segredos. Empolgada, a reporter esqueceu que estava de camisola e sentou-se com um bloquinho de notas na mão dizendo que podiam começar.

Sorrindo, o Homem de Aço começou seu relato dizendo que não é humano.

Seu planeta, Krypton, era o berço de uma sociedade muito evoluída que, porém, não pode escapar de um total desastre natural culminando na destruição do planeta. Seu pai, Jor-El, era o líder do comitê de ciência e, ao ter seus avisos sobre o futuro de seu mundo ignorado, decidiu construir um foguete e mandar seu único filho, Kal-El, para o planeta mais próximo de Kryton que tivesse uma atmosfera tolerável a eles.

Claro que a Terra tinha grandes diferenças. O planeta natal do Superman, por exemplo, possuía uma gravidade 50 mil vezes maior do que a da Terra, o que dava ao Homem de Aço sua força descomunal, indistrutibilidade e capacidade de vôo.

Outra diferença era que o sistema planetário onde Krypton ficava tinha em seu núcleo um sol vermelho e, misteriosamente, o sol amarelo da terra dava certos poderes para o Superman, como a visão de calor.

Encantada com seu estranho visitante, Lois pergunta: "Você pode ler a minha mente". Sorrindo, o Homem de Aço responde que não, mas que em compensação possuía uma espécie de visão de raio-x que lhe possibilitava ver através de qualquer coisa que não fosse chumbo.

Sorrindo com malícia, Lois desafiou o Homem de Aço a ver por baixo de sua roupa. Rindo, Superman respondeu: "Você está sentada atrás de uma mesa de chumbo". Ambos riram.

Após um constragedor momento de silêncio - daqueles que costumam anteceder os beijos - Lois desabafou dizendo que desde garotinha sempre quis voar. Então, estendendo a mão, o herói convidou-a a flutuar com ele para ficar mais perto das estrelas do lindo céu de Metrópoles.

Enquanto ambos flutuam, o rádio que estava ligado tocava uma linda canção "Can You Read My Mind", na inesquecível voz de Margot Kidder.

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Nota: nessa história eu adaptei algumas outras e fiz utilização do primeiro fã-clube do Superman, que realmente chamava-se 'Super Homens da América'. Também é válido ressaltar que a cena final é uma homenagem ao filme Superman, de 1978, com Christopher Reeve. A música que cito é justamente o tema romântico do filme e quem a cantou - Margot Kidder - foi a mesma pessoa que interpretou Lois Lane na mesma película. O texto e os desenhos aqui contidos foram feitos por mim mesmo.

Grato pela atenção e esperando que gostem,
Ricardo.

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