quinta-feira, 3 de março de 2011
1# - O Tarântula Ataca
Introdução:
O local era familiar, porém a realidade parecia distorcida... beirando o surreal. Wesley Dodds lembra de visitar aquele parque com seu pai quando era criança. No entanto, o local que um dia fora o palco de sua infância idílica, agora parecia sem vida e assombrado.
Vagando por entre brinquedos a muito abandonados, Wes percebeu uma moça correndo. Ela era linda como um sonho, mas parecia fugir de seu pior pesadelo. Ele já havia a visto antes - Vivian Dale - a mais brilhante entre todas as estrelas no firmamento de Hollywood. Contudo, uma pergunta ficava: do que ela estava fugindo?
Dodds a segue apenas para testemunhar enquanto a jovem cai numa gigantesca teia de aranha e está prestes a ser atacada por um aracnídeo colossal.
Wes quer ajudá-la, mas seu corpo não o obedece. Sua voz recusa-se a sair. Ele está petrificado.
Ao fundo consegue ver a imagem imponente de Morpheus - o verdadeiro Sandman - conhecido pelos mortais apenas como Sonho. Reunindo toda sua força, Wesley Dodds grita a plenos pulmões clamando pela ajuda daquele que os observa inerte.
Quando consegue gritar, ele acorda.
Mais uma vez o industrial do ramo químico havia tido um sonho premunitório e portanto uma vez mais ele se sente apenas uma peça no incompreensível tabuleiro de xadrez que é Morpheus e sua missão perpétua. No entanto, uma vida inocente está em jogo e Dodds pretende salvá-la.
História principal:
Em um bairro afastado de tudo, mas ainda na cidade de Nova Iorque, um homem solitário está sentado num cômodo de sua mansão.
Seus pensamentos - fossem quais fossem - foram interrompidos pela voz de seu mordomo anunciando a aguardada chegada de uma figura mascarada conhecida apenas como Tarântula. Aquela reunião seria o começo de tudo aquilo que o sonho de Dodds previa.
O dono da casa abriu um album de recortes e mostrou ao seu visitante uma matéria do Planeta Diário, que dizia que a atriz Vivian Dale iria se casar em um mês. Com as mãos trêmulas de ódio, o idoso diz rancorosamente: "Eu ofereci TUDO pra essa mulher, mas ela me rejeitou. Pior, preferiu esse jovem bastardo. Se não posso tê-la, ele também não terá. Entendido, senhor Tarântula? O senhor será muito bem remunerado por isso".
Naquele mesmo dia, algumas horas mais tarde, Vivian está indo para o seu trailer descansar. O trabalho fora árduo e as luzes no set de filmagens tornavam o calor quase insuportável. Porém, ao entrar no camarim, a jovem fora surpreendida pelo Tarântula, que a deixara desacordada usando um pano umedecido com clorofórmio.
A polícia investiga o rapto, mas parece que o criminoso é um profissional de talento. Muitas eram as teorias dos oficiais da lei - extorção, sequestro, vingança - mas nenhum deles sequer ousava teorizar sobre o paradeiro da atriz. Dodds, agora trajado com as roupas atípicas de Sandman, observava escondido. Ele sabia onde encontrá-la: no parque de diversões de seu sonho.
Neste interim, no guichê de entrada para a roda gigante do cenário com o qual Wes sonhou, estava Vivian, amarrada em um poste. Ao seu lado e em silêncio, o Tarântula.
Quando seu empregador chegou, a jovem mal sabia quem era. Colérico, ele a golpeou com um tapa no rosto e disse que ela pagaria pela rejeição e desprezo. Um fio de sangue escorreu pela boca da bela atriz, que à essa altura ainda não estava bem acordada de seu desmaio.
Nesse momento, com um brado firme, Sandman ordena que soltem a moça.
Com o ódio enlouquecendo-o, o velho aristocrata ordena que Tarântula mate o herói. É uma luta bem equilibrada e o vilão parece realmente ser um profissional dos mais perigosos.
Contudo, ao ver o velho pegando uma faca para cortar a garganta de Vivian, Sandman saca sua pistola de gás sedativo e coloca o mercenário para dormir em uma fração de segundo. Agora ele teria apenas poucos instantes para alcançar o mandante do crime.
Com um único salto, ele desarma o ancião, que tenta se defender com uma chave de roda, mas apenas para ser desarmado novamente. Tudo que havia nos olhos daquele homem era a loucura e sua paixão obsessiva que virara vingança. Enquanto ele permanecesse em pé, não desistiria de matar a mulher a quem idolatrava doentiamente a ponto de matar.
Com isso em mente, Sandman desfere um potente soco no queixo do homem, que desmaia.
Sirenes são ouvidas ao longe, ele solta Vivian e a instrui a ficar lá para contar aos policiais o que aconteceu e o envolvimento dos dois homens desmaiados na trama.
Depois de um longo depoimento, o moça vai embora com seu noivo. O Tarântula é desmascarado e preso, enquanto seu contratante vai para um hospital psiquiátrico até segunda ordem. Com um suspiro, um dos policiais diz: "Que bom ter sempre Sandman ao nosso lado".
Encerramento:
Na residência do investigador Dian Belmont, Dodds conversa com o amigo. Como de costume, eles tentam traduzir o significado de um estranho sonho que se repete todas as noites: uma criança feita de ouro sendo transformada em pedra.
No entanto, a conversa muda de rumo quando Wes diz ter sonhado com um homem cruel que usava animais e pessoas em experimentos para torná-los gigantescos.
Sabendo que o amigo via isso como uma missão para que Sandman protegesse inocentes, Dian sorri e fala: "Então creio que devamos tirar uns dias de folg e viajar para o interior do país, onde os seus sonhos falam sobre essas pobres pessoas gigantes".
A conversa dos dois, porém, é interrompida por uma bomba de gás entrando pela janela.
Com a máscara de ar remanescente da Primeira Guerra usada por Sandman para proteger sua identidade secreta, Dodds cobre o rosto de Dian e corre para fora da casa. Ao sair, porém, são abordados por centenas de homens da SWAT, cinco helicópteros e diversos agentes do governo.
Tomando a frente, uma mulher de atitude destemida e voz de trovão diz: "Eu sou Amanda Waller. Sabemos que você é o Sandman, senhor Dodds. O governo está enfrentando uma crise que está sendo mantida em sigilo para não alarmar a população e precisamos de superhumanos como você. O senhor já ouviu falar na Sociedade da Justiça?".
Sem obter nenhuma resposta de um Wesley Dodds desnorteado, Waller entrega um cartão para ele e conclui: "Viaje pelo país como quiser e enfrente seus gigantes - ou moinhos de vento - pra mim tanto faz. Mas volte na data impressa no cartão e esteja no local e na hora marcados".
Estarrecido, Wesley pergunta: "Por que eu iria?". Amanda Waller ri e responde em tom de ordem: "Porque eu poderia prendê-lo agora, mas não vou fazê-lo".
Quando as tropas vão embora, Dodds indaga a si mesmo: "Sociedade da Justiça?".
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário